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MAS ACHO QUE TODOS OS REGUEIROS DEVERIAM LER E TIRAR SUAS PROPRIAS CONCLUSOES...
EU TIREI DE UM BLOG QUE NÃO LEMBRO...
POSTADO PELO SR.
FLAVIO VALENTE
Fala galera, tudo na paz?
Mais ou menos... Resolvi botar fogo neste fórum após ler o tópico sobre a Jamaica brasileira. O que me causou extrema revolta e uma enorme decepção...
Sou do Rio de Janeiro e, há pelo menos quinze anos, ouço falar que a Ilha de São Luís, no Maranhão, é a “Jamaica brasileira”. Dizem que há Reggae tocando em tudo quanto é canto de São Luis. Eu sempre imaginei São Luís como um paraíso e sempre quis conhecer a tão famosa “Terra do Reggae”. Porém, depois de ter lido o tópico, eu mudei meu pensamento e não quero nem por os pés nesse lugar.
Para mim, São Luís deveria ser conhecida por todos os regueiros do mundo como a Babilônia Brasileira. Onde é que já se viu? Se apossar da música alheia e ganhar uma fortuna em cima?
Estou falando das famosas radiolas e os seus reggaes “exclusivos”. Para mim os donos dessas radiolas são a pior espécie de gente possível. Estes imbecis usam o nosso sagrado reggae apenas para se promover e ganhar dinheiro. Muito dinheiro! Que o diga José Eleonildo Soares, mais conhecido como “Pinto”. Este senhor é o dono da Itamaraty, uma das maiores radiolas de São Luís. Seu faturamento é de cerca de R$ 30.000 por mês (trinta mil reais!!!) . E como o seu negócio é usar o Reggae para fins particulares, aproveitou o seu “sucesso” pra se candidatar a vereador pelo PTB. E ainda tive o desprazer de ficar sabendo que tem outro pilantra da Itamaraty, o Dj Carlinhos Tijolada, que foi premiado duas vezes com o Oscar Reggae, um prêmio concedido pelo programa Bumba Reggae, da TV Cidade. Tijolada é considerado o melhor DJ da atualidade.
Mas tenho certeza que vários de vocês devem estar se perguntando: “mas o que há de errado nisso? Na Jamaica também era assim!”
É, na Jamaica sempre foi assim mesmo. Foi lá que surgiram os Sound Systems (Radiolas) que difundiam o Reggae por toda a ilha. Só que de maneira espontânea, sem a finalidade de lucro desmedido. Mas vejamos o que esses senhores de São Luís fazem nas radiolas daqui: Como há muita concorrência entre as Radiolas de São Luís (Itamaraty, Estrela do Som, Diamante Negro etc) eles buscam um diferencial tocando músicas “exclusivas” que muitas vezes o grande público não conhece. Mas sabe como eles conseguem essas “exclusividades”? Esses traidores vão até a Jamaica e procuram por velhos compositores de reggae jamaicano, muitas vezes desempregados e morando em favelas de Kingston. Eles encomendam aos compositores canções de primeira qualidade e pagam por elas um preço ridículo, mas que quando chegar ao topo do hit parade maranhense, valerá muito e atrairá um grande público. Agora sabe o que o rasta velinho lá da Jamaica vai ganhar com isso? NADA!!!!!!!!
Enquanto os mercenários das radiolas ganham 30 mil por mês, compositores e cantores de talento, como Eric Donaldson por exemplo, ganha a vida como quitandeiro na Jamaica
Tem outras coisas mais revoltantes ainda: Antonio José, um dos maiores nomes das radiolas de São Luís, quando morreu, em 1996, ganhou um dos mais concorridos funerais que o Maranhão já viu, com direito a caixão transportado em carro do Corpo de Bombeiros e tudo. Enquanto isso, muitos rastas jamaicanos, que fizeram a fortuna desses mercenários de São Luís, morrem sozinhos, doentes e abandonados.
Há outros casos que também causam indignação, como o do o ex-metalúrgico Sandro Abel Gonçalves, o Dread Sandro, que admite na maior cara de pau e diz sorrindo: “Sou traficante. Traficante de pedras’’. Este sujeito já foi mais de 20 vezes à Jamaica em busca das “raridades”. Sandro compra discos nas favelas da Jamaica por R$ 3,00 e vende para as radiolas por R$ 900,00!!! Vai ser mercenário assim lá na P...que o Pariu!!!!
Há casos que beiram o absurdo. Vejam só a cara de pau desse malandro: Pinto, o dono da radiola Itamaraty está processando Antonio Rodrigues, dono da radiola Diamante Negro, por ter se apropriado de uma música “exclusiva” sua, que, na verdade foi composta pelo jamaicano Honey Boy e incluída num CD pirata da coletânea Explosion of Reggae. Meu Deus do Céu...
Só que, como já dizia minha vó, “a mentira tem perna curta”. De vez em quando, a máscara cai como aconteceu na visita do jamaicano Owen Grey, que ao chegar em São Luís e descobrir que tinha maranhense pirateando e faturando alto com seu trabalho, improvisou um refrão durante um show: ‘‘Thieves! Give my money!’’ (Ladrões! Dêem meu dinheiro!). Sorte dos donos das radiolas que a maioria do povo não entende inglês. Mas um dia a verdade virá a tona...
Isso tudo sem falar dos maiores prejudicados: Os artistas locais. Como ficam as bandas de Reggae? Em vez de contratar bandas, os clubes de reggae preferem contratar radiolas, que podem tocar seis horas sem parar. As radiolas, por sua vez, não se interessam em tocar músicas das bandas locais. E as bandas não têm como competir com as radiolas.
É por essas e outras que eu jamais pisarei no solo de São Luís enquanto a cínica e suja indústria da exploração estiver vigorando por lá. É por isso que eu acho que aquilo lá não tem nada a ver com “Jamaica Brasileira”. Por mim, esse lugar merece ser conhecido daqui pra frente como a “Babilônia Brasileira”. Afinal eu nunca vi o Reggae ser explorado de uma forma tão imunda e cruel como acontece lá em São Luís. Os cidadãos maranhenses deveriam se envergonhar de sua detestável “jamaica” .
Francamente, nunca ouvi falar de nada mais podre!!!
E se alguém não gostou do que leu, paciência... Eu nem ligo!!! E também não retiro uma só palavra do que eu disse!!! Podem vir debater que eu tenho um milhão de argumentos que vocês não poderão contestar!!! Como diria o pessoal do Hip Hop: Minhas palavras são como um tiro e eu tenho muito munição!!! Quem quiser que bote a cara...
Esta foi a minha verdadeira e direta opinião. Curta e grossa como deve ser!!!
Que Deus nos abençoe e que o Diabo os carreguem, bando de mercenários!
FLAVIO VALENTE